E a caravana do systemd passa (ou: método Canonical, parte II)

Hoje temos Fedora, openSUSE e Mandriva usando o systemd como init padrão. Agora, o Mageia entrou na lista. Colin Guthrie, hacker do PulseAudio e desenvolvedor da distribuição, junto com Dexter Morgan, está fazendo as adaptações para o fork do Mandriva usar o systemd em sua próxima versão (Mageia 2). A mudança está envolvendo também a migração para o Dracut como gerador de initramfs, para uma melhor integração com o systemd. No caminho, Colin fez algumas correções no Dracut, que foram comunicadas ao upstream. Assim que software livre funciona. Além de Lennart Poettering, Kay Sievers, Michal Schmidt (Red Hat), o mesmo faz (ou fez) Frederic Crozat (openSUSE), Tom Gundersen (Arch), Andrey Borzenkov (Mandriva), Miklos Vajna (Frugalware), Tollef Fog Heen (Debian), entre outros. Um trabalho em equipe. O começo para desfazer a anarquia. Para modernizar e uniformizar o encanamento.

Até mesmo o Debian terá o systemd como opção no Wheezy ao que tudo indica! Por padrão é meio difícil, visto que as mudanças no Debian são lentas.

Resta o Ubuntu, com o falido Upstart. O Upstart não tem futuro. O pessoal da Canonical sabe disso. Você pergunta então por que eles não aderem ao systemd? Resposta: porque adotarão o systemd apenas quando precisarem fazer o mínimo de trabalho. Quando os outros já tiverem feito por eles. Quando não for necessário despender muita mão de obra ($$$) para trabalhar junto ao upstream. Poderia levantar a hipótese que seria pelo fato do systemd ser um "projeto da Red Hat" — similarmente ao que Mark Shuttleworth pensa do Gnome —, mas não é nada disso. É a filosofia de esperar os outros fazerem para depois ligar a máquina de propaganda e colher usuários e, se possível, contratos, como o caso Wayland exemplifica.

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