systemd no Arch

Sou um usuário do Fedora, mas admiro o Arch Linux. Para mim é o Slackware moderno.

Do que infiro das listas de discussão de projetos FOSS, é comum o pessoal mais "tradicional", "da linha de comando", torcer o nariz para qualquer coisa que altere a forma como se administra o sistema. Não estou falando em mudanças de interface, mas mudanças estruturais por baixo do capô. Depois do PulseAudio, que é fundamental — a infraestrutura de áudio estaria nas trevas sem ele —, o systemd foi um dos projetos mais difamados pelo "pessoal das antigas". Tendo o Arch um público alvo mais técnico, seria razoável pensar que ambos os projetos ficassem relegados ao repositório Community, a segunda divisão da distribuição, correto?

Errado. O PulseAudio hoje faz parte do repositório Extra. Significa que é plenamente suportado. Não faz muito aconteceu o mesmo com o systemd. O time do Arch não tornou-o padrão e empacota-o de forma a ser possível mantê-lo lado a lado com o sysvinit.

Os arquivos unit, contudo, estão no repositório Community, através do pacote systemd-arch-units.

Temos um systemd quase cidadão de primeira classe no Arch. Resta saber quando chegará a hora de remover o sysvinit da distribuição (cedo ou tarde acontecerá). Todos os pacotes de daemons precisarão ser modificados, tendo os scripts substituídos por arquivos unit, que na hora da instalação serão postos em /lib/systemd/system. A abordagem atual, de tê-los todos num único pacote, não é ideal.

Não acompanho de perto o desenvolvimento da distribuição, mas vejo que Dave Reisner e Tom Gundersen têm trabalhado junto ao upstream em projetos como util-linux, systemd e kmod, reportando bugs e enviando patches. Uma amostra que demonstra por que o Arch é uma grande distribuição.

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