Nem perderei tempo com o Windows 8 Consumer Preview

Ballmer: pesquei um peixe deste tamanho!

Porque foram além com a loucura da interface Metro. Tinha um pouquinho de esperança que no beta (oops! "Consumer Preview") voltassem atrás e colocassem uma forma de desabilitar por completo a nova interface. Não, pelo contráio: o menu iniciar do desktop tradicional (já na segunda divisão) se foi e não é possível colocá-lo de volta.

Ou seja, para quem usa aplicativos Win32 — 99,9% dos usuários —, a interface Metro serve apenas para atrapalhar o uso do seu desktop com os cliques adicionais causados pela falta do menu iniciar, que por sua vez está ausente devido a uma interface que dificilmente será usada para alguma coisa útil a curto (ou médio?) prazo.

Se os aplicativos Metro substituirão rapidamente os Win32? Duvido. Um dos grandes trunfos do sistema operacional da Microsoft sempre foi ciar um ambiente estável sobre o qual aplicações funcionam durante anos (até décadas) a fio sem precisar de modificações. Programadores de aplicativos são preguiçosos.

Quando o Vista saiu (janeiro de 2007) e trouxe o UAC, lembro de aplicativo que simplesmente não funcionava mais. O UAC nada fez senão obrigar os aplicativos a respeitarem o ambiente multiusuário que o Windows NT tem desde 1993. Hoje, cinco anos depois, é um problema menos comum, mas demorou para o ecosistema se adaptar — leve em conta que as primeiras versões de desenvolvimento do Windows Vista liberadas (oficialmente) para o público saíram em 2005.

Bobagenzinhas de programas Metro para previsão do tempo e Twitter não me servem para nada.

Entendo o objetivo da Microsoft. Ela quer unificar seus sistemas numa só API. Será bom para o Windows Phone/RT, mas uma tragédia para os desktops.

Fato: sem levar em conta avanços técnicos por baixo do capô, para desktops, o Windows 8 é uma porcaria por causa da interface Metro!

Previsão: sem chance do Windows 7 ter seu posto ameaçado nos desktops.

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